terça-feira, 25 de agosto de 2009

De leve...

Doidas e Santas

Toda mulher é doida. Impossível não ser. A gente nasce com um dispositivo interno que nos informa desde cedo que, sem amor, a vida não vale a pena ser vivida, e dá-lhe usar o nosso poder de sedução para encontrar the big one, aquele que será inteligente, másculo, se importará com nossos sentimentos e não nos deixará na mão jamais. Uma tarefa que dá prá ocupar uma vida, não é mesmo? Mas além disso, temos que ser independentes, bonitas, ter filhos e fingir de vez em quando que somos santas, ajuizadas, responsáveis, e que nunca, mas nunca, pensaremos em jogar tudo pro alto e embarcar num navio pirata comandado pelo Johnny Depp, ou então virar loura e cafetina, ou sei lá, diga aí uma fantasia secreta, sua imaginação deve ser melhor que a minha.
Eu só conheço mulher louca. Pense em qualquer uma que você conhece e me diga se ela não tem ao menos três dessas qualificações: exagerada, dramática, verborrágica, maníaca, fantasiosa, apaixonada, delirante. Pois então. Também é louca. E fascina a todos.
Nossa insanidade tem nome: chama-se Vontade de Viver até a Última Gota.
Só as cansadas é que se recusam a levantar da cadeira para ver quem está chamando lá fora. E santa, fica combinado, não existe. Uma mulher que só reze, que tenha desistido dos prazeres da inquietude, que não deseje mais nada? Você vai concordar comigo: só se for louca de pedra.

Martha Medeiros

terça-feira, 18 de agosto de 2009

A partir de hoje...



Estabelecer marcos pra mim sempre foi algo muito importante. Na vida, é preciso estabelecer uma hora pra você iniciar seus projetos, suas ações, suas vontades.
Deixar a vida seguir é importante, mas é preciso estar sempre muito focado no presente para que isto aconteça de forma sadia. Comigo não funciona assim.
Se vou começar uma dieta estabeleço um dia, se vou começar a fazer algum trabalho marco a hora; se quero mudar, é a partir de tal data de tal ano que quero que isso aconteça.
Ano novo é sempre um marco importante na minha vida, porque é quando eu gosto de planejar, de sonhar, de impor metas. Mesmo que elas não venham a ser cumpridas.
Me dizem que eu preciso parar de estabelecer marcos, porque a vida tem seu rumo, segue seu fluxo, e quantas vezes eu não quebrei estas datas? Não me importo. Quando o coração resiste a começar alguma coisa, é preciso impor sim, para que venha a força de vontade.

Viajei para Belo Horizonte. Na mala, roupas de frio,maquiagem, saudades e um tiro no escuro.
Para mim, ali seria mais uma data, e A PARTIR daquela viagem, muito ia mudar.

A partir daquela viagem, arrisquei tudo que podia em direção à minha paz. Se os resultados foram positivos ou negativos, pouco importa.

Novos horizontes. É assim que chamo hoje a capital mineira. Com sua brisa fria, sua paisagem encantadora, sua gíria gostosa, seu povo peculiar. Um divisor de águas.

Dentro de mim, uma paz nunca sentida. Calmaria.

Na mala de volta, novas amizades, risadas, lembranças, experiências, pensamentos, saudades, carinho.

E aqui, na rotina, mais um marco: A
PARTIR DE HOJE, SEREI MAIS FELIZ DO QUE NUNCA!!!
-->Ninguém pode voltar e criar um novo início, mas todo mundo pode começar hoje e criar um novo final

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Minha paz

Quando mais nada restar, quando você entender que nada mais pode fazer, quando você compreende que o tempo não volta e que nada se tem a perder porque tudo que você mais queria você já perdeu, não pense duas vezes: ARRISQUE A ÚLTIMA CHANCE!!

Pelo menos você vai encontrar a sua paz nas palavras que você expôs, na tentativa, na luta e na consciência tranqüila.

domingo, 9 de agosto de 2009

Quando o amor acaba?




Este ano meus pais completam 32 anos de casados e 38 de namoro. Ao longo dos meus 26 anos, vi os dois passarem por diversas fases. Vi amores, desamores, brigas, os vi sem se falarem, de cara feia um pro outro, os vi fazerem as pazes, trocar confidencias, risadas, beijos de boa noite e beijos de bom dia. Semana passada, ao dar o beijo de boa noite, os ouvi dizendo “te amo”.




O segredo? Mainha sempre diz que só amor não basta para manter uma relação. É preciso compreensão, carinho, respeito, cumplicidade e paciência, muita paciência.

Ao mesmo tempo ela emenda, dizendo que quando existe amor, isso tudo vem no pacote, porque é este sentimento que faz as pessoas superarem muita coisa para, no final, continuarem juntas, se fazendo felizes. Afinal, este é o único objetivo de se estar com outra pessoa: a felicidade.

Nos últimos tempos vi muitos casais jovens se separando, vi, cada vez mais, amigos fazerem parte das estatísticas dos filhos com pais separados, vi casais se declarando apaixonados e dizendo ‘eu te amo’ como se dissesse bom dia. Será que é a banalização do amor?

Que sentimento é este? Quando é que você sabe que ama uma pessoa?

Será que é quando você acorda e pensa no sorriso da outra pessoa e aquilo te dar uma sensação de bem-estar e felicidade jamais vista? Será que é quando se acolhe nos braços dela e vê que o mundo pode acabar naquele momento que você estará protegida e feliz? Será que é quando o peito dói e a respiração para porque você deseja só ouvir a voz daquela pessoa e não pode? Será que é quando você imagina seus netos correndo pelo meio da casa e ao olhar de lado é ela quem está segurando sua mão?

Amor é querer bem, é querer muito, é querer mais, é querer sempre. Amor é brilho singelo no olhar, é calmaria, é paz. Não tem nada a ver com borboletas de debatendo no seu estômago, nem o suor frio do nervoso, nem com ansiedade, nem tão pouco com vontade sexual. Isso é paixão, é desejo.

O amor é uma plantinha que preciso de tudo isso que foi citado para alimentar-se, para crescer forte, solidificar-se. Mas quando a tempestade passa, é ele, o amor, que traz a calmaria, o acalento, o abraço bom, o sorriso disperso.

E quando é que a gente deixa de amar? COMO?

Ontem, ao receber a noticia de mais uma separação, de duas pessoas muito especiais, um filme passou pela minha cabeça. O inicio daquela relação (a qual eu vi de muito perto, acompanhei...), o bem-querer deles, o brilho nos olhos, a cumplicidade, o respeito, a paz, o fruto, o crescimento, a felicidade...

Quando questionei o motivo do rompimento, ouvi a seguinte frase: o amor acabou.

Fiquei muda. Sei o que é isso. Se de um lado o amor se vai, do outro parece que cresce. Não tive o que dizer, apenas que o tempo iria ajudar a curar aquela dor, e que mais cedo ou mais tarde, aquele amor não iria nem diminuir nem sumir, mas que iríamos nos acostumar com a ausência.

Amor para uma vida inteira. Será que isso ainda existe em alguma parte do mundo? Será que vou crescer percebendo que o amor que vejo todos os dias nos olhos dos meus pais é um sonho, algo imaginário que ficou no passado? Será que eu dizer que quero achar a MINHA pessoa, àquela que vou amar até ficar velhinha, é coisa ingênua de uma pisciana romântica?

Será que terei que ensinar aos meus filhos que “nada é para sempre”?

E ao olhar fotos, relembrar momentos tão felizes, ao relembrar da paz que sentiámos naquele abraço de chegada e despedida, você se pergunta mais uma vez: quando o amor acabou?

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Falem mal, mas falem de mim!!!

A vida é mesmo interessante. Todos os dias assistimos dezenas de notícias que nos dá o respaldo de que o mundo está pelo avesso: gripe matando gente, terremotos, aviões caindo, crise financeira mundial, nosso senado invadido por uma verdadeira quadrilha, nosso Estado com greves, crianças morrendo de fome, outras sendo esmagadas no lixão... Enfim, uma série de acontecimentos que deveriam nos fazer pensar melhor sobre o mundo em que vivemos e o nosso papel nele.

No entanto, eu descobri que tem mais gente interessada no que ando fazendo da minha vida. Engraçado, né? Nunca achei que era tão importante...

Até um ano atrás, acho que passaria desapercebida em muitos lugares desta minha Maceió. No entanto, voltei a frequentar as baladas, a sair com meus amigos, conhecer gente nova, digamos, a “aparecer”. Ainda assim, quem sou eu nesse mundo de gente? Sou uma mulher, de 26 anos, que trabalha das 10h ás 21h, que cresceu profissionalmente, é reconhecida, que mora com os pais, mas paga suas contas, que rala uma semana inteira para chegar no fim de semana e poder ter o prazer de desfrutar de momentos inesquecíveis com seus amigos.

Sou simples, sigo na minha vida de forma simples e aprendi, nos últimos tempos, que julgar as pessoas não é um dever meu, nem de ninguém. Somos pequenos demais pra tamanho dever. Mas eu não aprendi isso à toa. Meu dia a dia e novas situações fizeram eu ver a importância de se preocupar mais com minha vida, do que com a vida alheia.

Não vou ser hipócrita ao ponto de dizer que nunca me reuni com as amigas para fofocar e falar da vida alheia. Por favor, né? Todo mundo já fez isso e jogue a primeira pedra quem nunca o fez. O engraçado disso tudo é que sempre que estamos falando de alguém, não paramos para pensar o que levou aquela pessoa a fazer aquilo que ficamos sabendo, ou aquilo que julgamos saber. Simplesmente falamos.

Falar por falar... Espalhar, caluniar, difamar. Ninguém que o faz pensa nas conseqüências disso. No entanto, poucas pessoas sabem de fato do que estão falando, e muitas vezes esquecem de olhar para o próprio umbigo. Já tive amigas que passaram por isso, de ter a vida especulada por terceiros, e sei bem do que estou falando.

Será que essas pessoa não tem nada melhor pra fazer não? Parece que não,né??

Eu sou uma pessoa extremamente transparente. Sou aquilo que as pessoas vêem. Se estou triste estou triste, se estou mal, estou mal. Em tudo, sempre sou assim. Como já disse, pago minhas contas, sou adulta, assumo um cargo de responsabilidade, e nunca fui questionada sobre meus valorizes e princípios, muito bem expostos e difundidos.

Santa? Sou não, obrigada!! Sei muito bem aproveitar meu tempo e minha vida. Sei muito bem seguir meu caminho e quem são as pessoas que permito que entrem nele. Tudo tem seu tempo. Tive meu tempo de namoro, dedicada e apaixonada. Tive meu tempo de sofrimento e recolhimento, hoje meu tempo é outro, de descobertas, de aproveitar meus amigos, de tomar um ou tomar todas, a meu gosto.

As pessoas que convivem conosco são as únicas que podem falar, e apenas as palavras delas terão peso em nossa vida.

Em relação a minha vida, deixo que os desocupados especulem o que quiser. Quem está de fora, assista minha vida como bem entender, e interpretem a seu modo, e se F!!!

É muita gente despeitada, invejosa e mal-amadas nesse mundo mesmo...


Banho de sal grosso JÁ!!!