sábado, 27 de junho de 2009

Busca




Crescer é algo que dói muito. Aprender a se enxergar sozinho, para poder enxergar suas vontades, seus desejos, seus gostos, seus valores e suas angustias, não é algo nem simples nem fácil de fazer.

Não, eu não cheguei a tal estágio, mas venho numa busca constante de resgate. Resgatar o que ficou lá trás, perdido no tempo, enquanto eu me distraia num conto de fadas de gente grande. Desta história, algumas marcas vão ficar, outras já se foram e outras virão. Porém, saber o caminho para chegar até elas é um desafio, e essa trajetória nos prega peças que nem sempre estamos prontos para enfrentar.

Este resgate de si mesmo é uma fase de crescimento que muitas vezes sufoca por não nos dar a dimensão do que estar por vir, nem nos permitir voltar atrás, para nosso acalento de antes. Para pessoas que não possuem tanta força de vontade assim – como eu- e que vivem deixando tudo para “amanhã”, as coisas tornam-se ainda mais difíceis. Quando a dor vem queremos fazer tudo HOJE , já, agora. Mas mudar demora. E quando chega amanhã a dor é amenizada e parece que você esquece de crescer.

Vivo uma busca constante de mim mesma. Sei de onde parti e por onde passei, mas não me enxergo ainda e por isso às vezes é difícil saber para onde ir. Valores, gostos, desejos, vontades... Olhar para dentro e vê sentimentos misturados, embaralhados. Em Alice no País das Maravilhas, Alice chega para o gato e diz: — Podes dizer-me, por favor, que caminho devo seguir para sair daqui?
— Isso depende muito de para onde queres ir - respondeu o gato.
— Preocupa-me pouco aonde ir - disse Alice.
— Nesse caso, pouco importa o caminho que sigas - replicou o gato.

Para saber o caminho muitas vezes é preciso saber onde você quer chegar e saber isso é fazer um resgate de si, dentro do seu mundo, em busca da sua paz interior e daquela felicidade que todos falam.

Minha busca continua...

terça-feira, 23 de junho de 2009

SAUDADES TREMENDA DE CAMPINA GRANDE

Por anos e anos as histórias de farras das minhas amigas alimentaram meu imaginário. Eram viagens, shows, festas... ouvia tudo atenta, dava risada, achava que tinha amigas loucas e me divertia com a história de cada uma. Porém, eu havia feito uma escolha, e não me arrependia daquilo, nem sentia falta de participar das aventuras delas.

Como não somos donos do destino (Graças a Deus, porque muitas vezes esse destino nos apresenta surpresas maravilhosas), fui colocada diante da oportunidade de participar de tudo aquilo. Entãããão...vamos lá,né?

Férias de verão- OK
Boate dia de semana- OK
Ir trabalhar de ressaca- OK
Ir trabalhar sem dormir- OK
Acontecimentos impublicáveis- OK
Carnaval em Salvador- OK
Etc, etc, etc...

A lista ainda tem algumas coisas pendentes, mas em um ano participei de momentos que eu diria que é necessário para vida de todo ser humano. A velha história do “o que vou contar aos meus netos”, e o que a gente vai fingir para eles que nunca fez, né? (manter a moral perante os netinhos é fundamental!!).


Entrando para esta lista, chegou o São João. Como comentei em post anterior, eu nunca fui muito fã. Nunca participei das festas, tinha horror às músicas, não sabia dançar, etc, etc. Cada vez mais percebo que, quanto mais a gente abre a cabeça pro mundo, o mundo se abre na nossa frente. Como é BOOMMM São João...

Dançar colado, com qualquer desconhecido, sentir o som e o ritmo dessa dança que, mesmo com as letras de música mais esdrúxulas do mundo, desperta uma alegria e uma folia em qualquer pessoa.

Passei o último fim de semana em Campina grande. Fui lá, conhecer o que todos diziam ser o melhor são João do mundo.

Confesso que fui desanimada, meio abusada e achando que não ia gostar. Que engano!!! Que lugar bom, de energia boa!! Praticamente um carnaval junino. A vila forró arrepia. E a gente rir, a cada passo. Ser diferente lá e vesti-se normal. No mais, parece um desfile de fantasia. Ohh povooo bregaaa (E convenhamos, a maioria era de Maceió). É TREVAAA!!!!! É TROVÃÃOO MESMOO!!!

Em Campina Grande, a regra é clara: só pode negar uma dança por noite. Chegue feio, bonito, gordo, magrelo, metidos a cowboy, chapéu de palha ou de couro. Tem que dançar. Os pés doem, mas a vontade é de dançar muito mais.

Chega cedo, pega uma mesinha e o famoso “kit”: vodca, refri e gelo. E rende, viu? O calor faz você achar que aquilo é água, mas o efeito não é de água mexxxmooo....

E as histórias hilariantes continuam: “Cheell, tira a mãoo do geloo!!!!”...10 pessoas e um quarto; “Henrique, não entra agora! Henrique, fica aí na sala, Henrique, não sai da varanda...(e o coitado do Henrique obedecendo, dentro da sua PRÓPRIA RESIDENCIA, né Carol?). Intimidade é mesmo FOODAAA!!! ... e o Pedro da Picanha? Com direito a 1,5kg de carne e com direito a x-picanha pós Vila...hahahahaha..... “Uii que gasturaaaaaa”, segura o murooooooo, “thundercats uuuooooooooooooo”, “vai coleguinhaaa”, natiruts na parada; É chuvaa...com lama até a canela, blusa ensopada, escovinha desmanchada e moça chegando em plena Vila forró com toca de banho na cabeça..E quando é guerra...é guerra! Mata a caça e mostra!! Hahahahahaha.... oohh desmantelo TREMENDOOOOOOO....

E as músicas?? As melhores: “ chora me liga”, ‘cabou cabou, bobeou dançou, você vaciloouuuuu não tô falando grego não to...”, “me chama de my love, my love, my love; me chama de meu bem meu bem meu bem; me chama de my love, my love my love, me chama de cachorro já estou ficando louco”....melhooorr de todas... E aja goela, e aja salto, e aja pé pra arrastar tanto...

E de tudo, ficou o inesquecível, os momentos únicos, insubstituíveis, que faz a gente vê o quanto vale a pena viver tudo isso. E campina Grande vale muito a pena!!!!




quinta-feira, 18 de junho de 2009

Classificados

Você é bonita, é inteligente, tem seu trabalho, é competente e bem humorada. Você não cobra presentes, apenas um pouco de carinho e atenção. Você abre mão das saídas com suas amigas, da caipirosca no point do verão, das roupas curtas e das risadas empolgantes. Você abre mão de você. É dedicada, carinhosa, compra mimos e escreve cartinhas de amor. Manda e-mails apaixonados e torpedos só para dizer que lembrou do amado. Você convive com os amigos mais chatos e inconvenientes, espera o futebol acabar no domingo para irem ao cinema, obriga sua família a comer, no almoço de domingo, a comida preferida dele. Você abre mão de viagens com a turma e passeios da faculdade. Você vira cúmplice, procura agradar a família dele a todo instante e é simpática com as amigas de colégio.
Você beija legal, não nega uma noite de amor (pode ser manhã ou tarde também) e faz tudo para agradá-lo.
Você passa horas e horas no banho para quando ele chegar você estar linda e cheirosa. Gasta horrores com academia, salão e roupas, tudo para ser sempre a mais atraente para ele. Engole sapos e rãs só para não fazer raiva. Compra revistas de cultura só para ter mais assunto e escuta as músicas preferidas dele só para poder cantar junto.
Isso tudo acima poderia compor um belo currículo amoroso, no maior estilo “procura-se”. Quem não se interessaria por uma pessoa assim? Isso basta?
Ouço muitos homens dizerem que não entendem as mulheres. E quem disse que nós entendemos os homens? Eles dizem que ama e no dia seguinte pulam fora da relação; eles se esforçam para passar uma noite com você e no dia seguinte estão com outras; eles correm atrás para namorar e quando conseguem ficam esquisitos e acabam a relação. Será que somos nós mesmo que precisamos de manual? Será que não está implícito que tudo que queremos é uma pessoa que nos ame, no dê carinho, atenção, ou esqueçam tudo isso, basta serem maduros e sinceros. Sonho de consumo....
Quando queremos acompanhá-los nesta louca ideia de serem liberais, despreocupados e desprovidos de sinceridade, nos transformamos em “loucas devassas atrás de orgias”...hahahaha...piada,né???
Sei que o amor só vai nos encontrar quando estivermos de bobeira, um dia de quinta, quando estivermos despenteadas e correndo por conta do trabalho. Porque ele realmente aparece assim, do nada..
Enquanto isso, o que custa conhecermos pessoas sérias, interessantes e que levam a palavra “sinceridade” a sério? (Pra não dizer maturidade...)
No meu coração de pedra ainda existe a esperança de vivermos em um mundo assim...digamos...melhor...

sábado, 13 de junho de 2009

Ao 12 de junho, uma despedida.


A vida é uma constante escolha. Todos os dias ao acordar você inicia esta maratona: escolher o que vai comer no café da manhã, escolher o que vestir para o trabalho, escolher se vai para academia ou se vai dormir mais um pouco... São todas essas escolhas que definem o rumo da sua vida e o que você é. Acredito muito em destino, mas mais do que isso, acredito que podemos intervir nele, mudá-lo, guiá-lo, a partir das nossas escolhas.


Há um ano, o destino resolveu brincar comigo. Colocou-me numa estrada inesperada, sombria até então. O que fazer?? Por algum tempo, minha escolha foi me fechar no escuro, olhando para trás e não conseguindo seguir adiante. Todos os dias, minha escolha era viver uma vida que já não mais existia, e eu brigava com o destino, sem querer aceitá-lo e sem fazer nada para modificá-lo.


Acreditava que a fé poderia me confortar diante de uma dor que, para mim, naquele momento, era única e intolerável. Neste momento, uma “pessoa” chegou até mim e disse: - você pode escolher como quer viver. Toda treva existe uma luz ao lado. Escolha olhar para a luz.


Ainda por algum tempo, eu acreditava que não tinha esta escolha, e apenas seguia, escolhendo olhar para trás ao tempo em que achava que seguia adiante. Tentava escolher ser feliz todas as manhãs, mas esta escolha não era feita com o coração. Queria continuar brigada com o destino.
Chega uma hora em que você precisa sair deste escuro, desta “treva”. Escolhi desabafar. Escolhi colocar para fora minhas mágoas, meus sentimentos ruins, e até, os verdadeiros. Escolhi me expor por mais 5 minutos, tentando recuperar um caminho que o destino já avisara que não era mais meu. Diante disto, escolhi olhar para a luz. Desta vez, de verdade, com vontade e de coração.


A dor sentida há um ano hoje é acalento, é sentimento de lembranças de uma vida vivida e que não volta mais. Sensação de dever cumprido, porque a todo o momento eu escolhi ser a melhor pessoa. Hoje, o destino resolveu brincar de se redimir. E eu resolvi escolher ser feliz.


Me dou uma chance para o hoje, abro meu coração, mudo meu destino, escolho meus caminhos, dou meus primeiros passos, sonho, tenho expectativas, deixo o coração acelerar quando ele quer, deixo as “borboletas se debaterem no estômago”, arrisco, fico ansiosa, espero o telefone tocar, me arrumo como se fosse o primeiro encontro. Não por “ele”, mas por mim, porque hoje eu escolhi ser EU, hoje eu escolhi a luz de um dia de sol, e não mais a escuridão de um quarto triste.


Ao dia de ontem, felicidades...O mundo gira.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

VIVER DESPENTEADA

Li esse texto e fiquei encantada...
Texto leve, alegre, feliz..assim como deve ser a vida, assim como tem sido a minha vida...

porque o lema sempre é "Eu quero mais..."!!! Muito mais!!!

VIVER DESPENTEADA

Hoje aprendi que é preciso deixar que a vida te despenteie, por isso decidi aproveitar a vida com mais intensidade…O mundo é louco, definitivamente louco…O que é gostoso, engorda. O que é lindo, custa caro. O sol que ilumina o teu rosto enruga.E o que é realmente bom dessa vida, despenteia…

- Fazer amor, despenteia.
- Rir às gargalhadas, despenteia.
- Viajar, voar, correr, entrar no mar, despenteia.
- Tirar a roupa, despenteia.- Beijar à pessoa amada, despenteia.
- Brincar, despenteia.
- Cantar até ficar sem ar, despenteia.
- Dançar até duvidar se foi boa idéia colocar aqueles saltos gigantes essa noite, deixa seu cabelo irreconhecível…

Então, como sempre, cada vez que nos vejamos eu vou estar com o cabelo bagunçado…mas pode ter certeza que estarei passando pelo momento mais feliz da minha vida.É a lei da vida: sempre vai estar mais despenteada a mulher que decide ir no primeiro carrinho da montanha russa, que aquela que decide não subirPode ser que me sinta tentada a ser uma mulher impecável, toda arrumada por dentro e por fora.

O aviso de páginas amarelas deste mundo exige boa presença:Arrume o cabelo, coloque, tire, compre, corra, emagreça, coma coisas saudáveis, caminhe direito, fique seria…E talvez deveria seguir as instruções, mas quando vão me dar a ordem de ser feliz?Por acaso não se dão conta que para ficar bonita eu tenho que me sentir bonita…A pessoa mais bonita que posso ser!O único que realmente importa é que ao me olhar no espelho, veja a mulher que devo ser.

Por isso, minha recomendação a todas as mulheres:Entregue-se, Coma coisas gostosas, Beije, Abrace, dance, apaixone-se, relaxe, Viaje, pule, durma tarde, acorde cedo, Corra, Voe, Cante, arrume-se para ficar linda, arrume-se para ficar confortável. Admire a paisagem, aproveite e acima de tudo, deixa a vida te despentear!!!!

O pior que pode passar é que, rindo frente ao espelho, você precise se pentear de novo...

(Autor desconhecido)


Porque eu adoooooroooo me despentear!!!

terça-feira, 9 de junho de 2009

Viva São João


Eu nunca gostei de São João. O mês de junho sempre foi um tormento: chuva, forró, bombinhas, fogueira, competição de quadrilhas na TV, roupas esquisitas, canjica, pamonha... nunca gostei de nada disso. Um pouco rabugenta a minha pessoa,NE? Mas não adiantava, chegava junho e lá vinha a chateação.
Hoje minha vida se encontra em uma completa fase de mudanças. Faz parte do meu processo natural de redescobrir quem sou. Nesta fase, venho cada vez mais me apegando aos festejos juninos. Show de forró se tornou o programa preferido, e cada vez quero mais. Tem coisa melhor do que se esgoelar cantando “Tooooda vez, que eu chego em casa e você não vem, vem logo alguém pra me dizer, que viu você com outro amor...”... muitas dessas letras me levam aos meus 15 anos, quando eu adorava ficar até tarde da noite ouvindo músicas de forró e pensando no amor. Nesta época a grande atração da cidade eram os palhoções, com shows de bandas de forró, com quadrilha, com gente bonita e animada.
A minha falta de ritmo nunca me permitiu ser a dançarina perfeita, mas segundo uma amiga, é só deixar o par te levar (ok, ainda é uma dificuldade, mas venho me atrevendo cada vez mais nesta modalidade de dança). Minha próxima empreitada nesta época será conhecer o São João de Campina Grande. Bom, depois de carnaval em Salvador, nada mais justo.
Então, aguardem cenas dos próximos capítulos, porque dessa vez, ou eu me apaixono de vez por esta festa, ou continuo sendo a rabugenta de antes.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Na Terra do Nunca

Muitas vezes acho que o tempo parou no mundo encantado dos meus pais. Por anos e anos eu fui a princesinha da casa, a boa menina, a ovelha cor de rosa (meu irmão, claro, a ovelha negra...hihihihi...). Era ele quem chegava bêbado em casa, que farrava durante a semana, que tinha problemas com a coordenação do colégio por gaziar aulas, e mais outras coisas. Eu era a princesa, a “nenê”, como meu pai me chama até hoje. Esse mundo mágico de Oz se intensificou pelo fato do meu namoro ter durado 6 anos. Por todo este tempo poupei meus pais da preocupação que todos eles tem quando os filhos estão na casa dos 20 e poucos anos. E aí chega na faculdade e os amiguinhos da escola se vão, as festinhas de aniversário são substituídas por festas regadas a bebida, sexo e rock’n roll, e as viagens ao litoral são trocadas pro congressos cheios de historias. Livrei meus pais disso tudo, e eles devem se sentir aliviados por nunca terem me visto de porre, nem se beijando com algum desconhecido.
Pois bem, como agir quando o namoro acaba e você ver na sua frente todas as possibilidades de diversão jamais experimentadas? O pote de água está ali, brilhando para você, e você sedenta por tudo aquilo. Vai se chegando, bebendo da água aos pouquinhos, mas algo te segura, te prende. É quando você se dá conta que não cortou o cordão umbilical. Dar satisfação de tudo que você faz, pra onde vai e com quem vai, torna-se cansativo e você precisa de espaço para crescer.
Assim como um bebê, que quando chega aos 9 meses precisa sair da barriga da mãe, é chegada a hora de sair do ninho. Mas como explicar isso de forma que eles entendam que você não está simplesmente virando as costas para eles e virando uma devassa?
Toda situação ainda tem um agravante: por eu morar um pouco longe da badalação, costumo passar o fim de semana na casa da minha prima ou de algumas amigas. Poupando-os, mais uma vez de enxergar que a filhinha cresceu.
Quando meu irmão casou, a vigilância intensificou. Acho que o fim do namoro foi um pesadelo para meus pais. Minha mãe costuma dizer que o tempo em que ficou preocupada com meu irmão, eu estava namorando, agora que ele casou, eu é que estou dando preocupação. Nada mais justo, não acham???
Este domingo fui bombardeada com uma série de perguntas depois de ter saído com 3 amigos e voltado para dormir em casa.
-Veio com quem?
-Com fulano.
-Quem é fulano?
-É amigo de siclana.
-E porque siclana não estava junto?
-Mãããããeee, vou dormir! Boa noite!!!!
Pô, já eram 3 da manhã...
4 dias depois, novo interrogatório.
- Quem é mesmo fulano? Que você voltou domingo?
- É o fulano mãe, amigo da siclana.
- mas você não disse que fulano não tinha carro e que por isso ia voltar tarde, para espera-lo?
-Não mãe, eu disse que íamos esperá-lo, mas não disse nada dele vir com a gente.

Às vezes tenho a impressão de que minha mãe faz parte do serviço de inteligência da CIA.
Continuando....
- não minta para mim...
-mãe, não estou mentindo, estou contando a verdade, e vou parar de falar porque minha psicóloga disse que preciso parar de falar tudo para você
- Meu Deus, essa psicóloga não gosta de mim. Somos amigas, minha filha.

Putzz, começou a chantagem emocional...

-Não mãe, não deixei de ser sua amiga, mas não posso mais falar agora porque estou trabalhando...
- ta certo, ta certo, mas depois você me conta,ne?
- conto mãe, conto tudo..

Não, eu não vou contar mais nada. É minha vida e tudo tem limite. Confio demais na minha mãe e, de fato, ela é uma amiga maravilhosa, mas Peter Pan está saindo da Terra do Nunca (aos 26 anos) e é chegada a hora de caminhar sozinho...

terça-feira, 2 de junho de 2009

Não se reprima

O que é o desejo para você? Muitas vezes ocultados por nossa mente, o desejo é uma vontade quase que absurda de algo que tem como finalidade a satisfação pessoal. É a vontade de obter ou usufruir de algo. Quanto mais difícil de concretizar ou realizar mais forte se torna...E é aí que mora o perigo...
Tem um ditadinho que diz que é preciso ter cuidado com o que se deseja, pois ele pode se tornar realidade. Confesso que queria que este ditado acontecesse sempre comigo...ultimamente ando desejando muitas coisas: a felicidade, uma vida de trabalho, de risadas, de bons amigos, de família, de ter alguém do meu lado, da fazer o impensável, de comer torta de sonho de valsa sem engordar, de ter quem a gente gosta por perto...
Desejo de viver sem pensar no que os outros vão achar dos meus atos, e mais do que isso, rir muito de tudo que fiz no dia anterior sem pensar em conseqüências...
Aprendi que é preciso respeitar nossas vontades e se libertar..
É isso que desejo ao meu próximo...liberdade...de ir e vir, de amar, se embebedar, fazer besteira, de sorrir de tudo, de ter uma vida boa, de ter saúde, de ver a família feliz....
Desejo de fazer loucuras para contar um dia aos netos e quem sabe, até não contar...desejo de ser simples, calma, e de enlouquecer quando der vontade...
E quando realizar tudo que desejo, desejar ainda mais...