sábado, 26 de setembro de 2009

Retratos...

Hoje eu fiz algo que não fazia há muito tempo: mudar as fotos do meu quarto. Confesso que AMO fotos. Sou apaixonada por retratos, daquelas que olham mil vezes, que gosta de revelar, ter contato com a foto. No meu quarto existem muitos espaços para elas: mural, porta-retratos, aspirais..enfim...
Muitos desses lugares estavam vazios, talvez mostrando que a foto que um dia esteve ali, se perdeu. Mostrando talvez, que aquelas imagens, recordações, não pertenciam mais ao meu quarto nem ao meu dia dia nem à minha decoração, nem, talvez, à minha vida.
E por que tanto tempo para substituir lugares vazios?? Difícil responder. De certo, a vontade de preencher aqueles lugares com novas fotos, novas lembranças, novas recordações, de uma nova pessoa, uma nova vida.
A gente segue. Virar páginas é muito mais difícil do que imaginamos, e se reestruturar é algo que não pode ser feito do dia pra noite. É preciso calma, serenidade, paciência, muitaaa, paciência. Caminhar sem olhar para trás com apego ou mágoa é sinal de amadurecimento, e nem sempre estamos preparados para amadurecer. Me sinto uma viciada após a rehab. Curada?? Curada do meu vício de “ter alguém” ao meu lado. Aos poucos me sinto mais forte, porque me torno auto-suficiente, sabendo e descobrindo da minha capacidade de ser feliz sozinha, comigo mesma. Tendo paciência comigo, para me descobrir e aprender a viver de forma saudável, feliz. Recaídas são possíveis, mas não desejáveis.
Feliz ao ver novas pessoas nos porta-retratos. Amigos novos, imagens novas, paisagens, lugares, e ao me ver, vejo também uma nova pessoa. Não sei se melhor ou pior, mas diferente. De igual, só os sorrisos das fotos: um sorriso com sabor de felicidade...

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

O Maneco de todos nós

Essa semana estreiou ‘Viver a Vida”, mais uma novela de Manoel Carlos. Entre Helenas, Leblon, Búzios, Zé Mayer e tantos outros detalhes que lembram tanto o famoso “Maneco”, mais uma história com um tom de vida real.

Confesso que gosto muito de novela, no entanto, hoje em dia não acompanho nenhuma, pois o que me resta é pegar o finalzinho da novela das 21h, que é a hora em que estou chegando em casa, do trabalho.

Mas para mim, falar de novela é falar de Manoel Carlos. Por mais que todas as outras sejam ótimas e saibam como prender o telespectador, acredito que haja uma identificação maior com o enredo do Maneco.

Ok pessoas, não estou falando das casas gigantes com piscinas olímpicas, champanhe ao meio dia, carros luxuosos nem lanchas e helicópteros. Falo dos fatos: quem não lembra de Carolina Dieckman com leucemia, ou o Orestes com problema de alcoolismo, ou a malvada Dóris implicando com seus avós e lamentando a vida simples que levava, ou Tony Ramos levando uma bala perdida ao fugir de um assalto, a Gisele e seu problema de bulimia, entre tantos outros? Quem nunca se viu naquelas cenas de café da manhã onde são tratados temas como violência, política, dia a dia?

Apesar de simples, os diálogos de Maneco têm algo ‘nosso’. Sejam os lindos e famosos à beira da piscina, seja o porteiro, a empregada, o recepcionista do hotel, o trabalhador.

E as Helenas? Mulheres firmes, vivas, simples, que possuem qualidades e defeitos. Erram, e erram muito. Como todos nós.

Maneco encanta da trilha sonora aos depoimentos finais. Da abertura ao cenário. E seu elenco sempre primordial. Cá entre nós, o que é o Zé Mayer?? O pegador!! Hahahaha...

Três capítulos bastaram para eu não me decepcionar, e me ver, novamente, diante de uma grande história, que com certeza, vai emocionar, fazer rir, chorar, gerar discussão e prender o telespectador diante da tela, provando que quem foi rei nunca perde a majestade.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Somando

A mistura não é difícil e o resultado é uma delícia: praia, fim de semana, amigos, caipiroscas, sol, música, infinitas conversas, visitas especiais e muita, muita alegria.
E nas trocas de ideias e nas conversas inesperadas, descobrimos o quanto os seres humanos são diferentes.

Quando os assuntos percorrem caminhos como política, religião, comportamento, gostos, objetivos, não dá pra se conter: muitas vezes me calo, porque gosto de vê-los falar e falar e falar. Gosto de absorver a ideia que cada um tem da vida e o ponto de vista de cada uma daquelas pessoas que fazem parte do meu caminho. No final das contas, tudo acaba em risada, em piadinhas e na certeza de que nunca estaremos sozinhos.

O mundo é uma roda gigante que volta e meia nos coloca lado a lado daqueles que um dia estavam distante. Passe o tempo que passar, dentro de qualquer distancia, os laços podem estar desfeitos, mas o nó une nossas vidas. E dentro desta roda, eu me sinto cada vez mais completa.

Amizade. Que poder incrível tem esta palavra. Que sensação ela nos traz e como nos fortalece. Depois de cerca de 10 anos, passei o fim de semana com aquela que até hoje chamo de “minha melhor amiga”. Mesmo diante de sua dor com o relacionamento recém rompido, nossos nós pareciam duas fortes amarras que jamais tinham sido desfeita. De fato, sempre estávamos presentes uma na vida da outra. Nos olhamos e percebemos o quão pouco sabemos de fatos da vida uma da outra, mas nos olhares, temos a certeza de que somos irmãs de outras vidas. A ela, dei minha atenção, meu amor, meu afeto, meu abraço, meus novos amigos, minha confiança, e mais, a certeza de que somos melhores e maiores quando nos descobrimos.

Ao mesmo tempo, uma certa tristeza faz eu pensar em até que ponto eu posso ir ao me doar em uma amizade. Eu sou assim: eu me entrego, me jogo de cabeça, confio, fico em todos os lados. Mas quando a outra pessoa trata tudo isso com desdém, nada me resta a fazer. Só o tempo mostra quem são nossos verdadeiros amigos, e quem são aqueles que apenas usufruem momentos ao nosso lado. Quando não mais interessa, nem um tchau nos resta.

Gosto quando meus amigos dizem quando estou errada, quando falam, quando berram, quando me alertam, me acordam. Do mesmo jeito que gosto quando eles me fazem especial, presente, adorada, feliz.

Entre areia de praia, sol, mar, caipiroscas, músicas, conversas e risadas, a certeza de que hoje sou muito mais completa ao lado de pessoa que somam o tempo todo.